Publicado por: Administrador | Junho 13, 2021

Aparições da Virgem Maria em Fátima – I

13  de Maio de 1917

Da 1ª Memória da Ir. Lúcia:

“Escolhemos nesse dia, para pastagem do nosso rebanho, a propriedade pertencente a meus pais, chamada Cova da Iria. Determinámos, como de costume, qual a pastagem do dia, junto do Barreiro…e tivemos, por isso, que atravessar a charneca, o que nos tornou o caminho dobradamente longe. Tivemos, por isso, que ir devagar, para que as ovelhinhas fossem pastando pelo caminho e chegámos cerca do meio dia”.

Da 4ª Memória da Ir. Lúcia:

“ Andando a brincar com a Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria, a fazer uma paredita  em volta de uma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago.

Lúcia -É melhor irmos embora para casa… que estão a fazer relâmpagos;  pode vir uma trovoada.

Francisco e Jacinta – Pois sim.

E começámos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direcção à estrada. Ao chegar, mais ou menos a meio da encosta, quase junto duma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos mais adiante, vimos, sobre uma carrasqueira, uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Parámos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto que ficávamos dentro da luz que A cercava ou que Ela espargia, talvez a metro e meio de distância, mais ou menos. Então Nossa Senhora disse-nos:

Virgem Maria (V.M.)- Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.

Lúcia – De onde é Vossemecê?

V. M. – Sou do Céu.

Lúcia – E que é que Vossemecê me quer?

V.M . – Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.

Lúcia – Eu também vou para o Céu?

V.M. – Sim, vais.

Lúcia – E a Jacinta?

V.M. – Também.

Lúcia – E o Francisco?

V.M. – Também, mas tem que rezar muitos terços.

Lembrei-me então de perguntar por duas raparigas que tinham morrido há pouco. Eram minhas amigas e estavam em minha casa a aprender a tecedeiras com a minha irmã mais velha.

Lúcia – A Ana das Neves já está no Céu?

V.M. – Sim, está.

Parece-me que devia ter uns 16 anos.

Lúcia – E a Amélia?

V.M. – Estará no purgatório até ao fim do mundo.

Parece-me que devia ter de 18 a 20 anos.

V.M. – Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?

Todos – Sim, queremos!

V.M. – Ides, pois, ter muito quer sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como um reflexo que delas expedia,  penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:-“Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento”.

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:

V.M. – Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.

Em seguida começou-se a elevar serenamente, subindo em direcção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivos por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o Céu “.

Da 1ª Memória da Ir. Lúcia:

“Quando nessa mesma tarde, absorvidos pela surpresa, permanecíamos pensativos, a Jacinta, de vez em quando, exclamava com entusiasmo:

Jacinta –  Ai que Senhora tão bonita!

Lúcia –  Estou mesmo a ver… ainda vais dizer a alguém!

Jacinta –  Não digo, não! … Está descansada!

No dia seguinte, quando seu Irmão correu a dar-me a notícia de que ela o tinha dito, à noite, em casa, a Jacinta escutou a acusação sem dizer nada.

Lúcia – Vês? Eu bem me parecia! …

Jacinta– Eu tinha cá dentro uma coisa que não me deixava estar calada! ….

Lúcia – Agora não chores! E não digas mais nada a ninguém do que essa Senhora nos disse!

Jacinta – Eu já disse!

Lúcia – O que disseste?

Jacinta – Disse que essa Senhora prometeu levar-nos para o Céu!

Lúcia – E logo foste dizer isso!

Jacinta – Perdoa-me,  eu não digo mais nada a ninguém! “

 .

Leitura aconselhada:  Memórias da Ir. Lúcia, Vice-postulação , Fatima

 .

Ezequiel Miguel


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